Crimes sexuais neste ano já superam os registrados no ano passado
Levantamento da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) revela que Arujá bateu em setembro, novamente, o recorde histórico de estupros. Ocorreram sete crimes sexuais no mês, sendo que todos foram cometidos contra vulneráveis, ou seja, crianças, adolescentes e pessoas com deficiência.
O resultado repete o mês de setembro de 2019, quando também foram registrados sete estupros na cidade, sendo que, naquela vez, foram seis crimes sexuais contra vulneráveis e um contra mulher adulta.
Os crimes sexuais voltaram a crescer em 2021. Até outubro foram contabilizados 36, ante 24 em todo o ano anterior. E com os dois meses restantes ainda há risco de bater o recorde do ano de 2018, quando foram somados 47 crimes sexuais.
Para efeito de comparação, os sete estupros de setembro equivalem a todos os crimes sexuais registrados no município nos anos de 2006 e 2005. Além disso, o número supera os estupros de 2008 (5) e 2001 (6).
Uma das causas do aumento dos crimes pode ser, justamente, o maior número de denúncias. Especialistas avaliam que, no passado, as mulheres tinham mais receio de fazer denúncias. Além disso, em 2009, houve uma mudança no Código Penal. O crime sexual deixou de ser apenas o ato sexual forçado e passou a ser qualquer ato com conotação sexual forçado.