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Moacir Assunção lança a segunda edição do livro “Os Homens que mataram o facínora”

Foto: Divulgação

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Obra do jornalista investigativo traz capítulo inédito sobre as táticas do cangaço e ações de grupos criminosos

Em um trabalho que mescla oralidade, depoimentos pessoais e registros da época, o jornalista investigativo e pesquisador Moacir Assunção revisita a história do Cangaço nordestino sob o ponto de vista dos opositores daquele que foi seu principal personagem: Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião (1898-1938).

Publicado pela Realejo Editora, ‘Os Homens Que Mataram o Facínora – a história dos grandes inimigos de Lampião’ chega à 2ª edição e já está disponível para pré-venda em todo país no site www.oseulivreiro.com.br.

Pernambucano de Trindade, na região do Araripe, Assunção dedicou-se por mais de dez anos a reportar a saga do chamado “Rei do Cangaço”, seu conterrâneo. Para tanto, chegou inclusive a percorrer algumas vezes a região, visitando os locais por onde Lampião e seu bando passaram.

Neste período, sua pesquisa expandiu-se sob diversos ângulos: além das batalhas sangrentas, também lhe chamaram a atenção as lutas de família na origem do Cangaço, o misticismo que permeava as ações dos bandoleiros e as estratégias curiosas (e muitas vezes ineficazes) das perseguições policiais.

Assim, quando decidiu transformar o épico popular em livro, Assunção afastou-se definitivamente da ideia de biografar o protagonista. Ao invés disso, preferiu “tirar das coxias da história” as trajetórias e motivações de nomes como Zé Saturnino, Zé Lucena, João Bezerra, Davi Jurubeba e Mané Neto, alguns de seus principais perseguidores. Nascia assim ‘Os Homens Que Mataram o Facínora’, parafraseando, não por acaso, um dos mais famosos faroestes estrelados por John Wayne (‘The Man Who Shot Liberty Valance’, de 1962).

“São homens que passaram toda a existência como personagens secundários nesse grande drama sertanejo que foi o cangaço. A razão disso é que o palco era sempre ocupado pelo genial e cruel bandoleiro (…) Seus inimigos – igualmente valentes e destemidos – não aparecem nesse espaço privilegiado, a não ser como ‘segundos da história’. Dentro das possibilidades, fiz uma série de rápidas biografias desses homens, ao menos no período em que enfrentaram Lampião e seus sequazes”, resume o autor.

Além disso, a obra ganhou um novo capítulo nesta segunda edição, que traça um paralelo entre as táticas do cangaço e de resistência das autoridades há 80 anos com as dos dias atuais. Entre reflexões que comparam a atuação de Lampião com a dos atuais líderes do crime organizado e dos traficantes de drogas, há espaço também para comentar episódios recentes que remetem à existência de um ‘Novo Cangaço’.

A atualização lembra, por exemplo, a fatídica madrugada de 3 abril de 2018, na cidade de Piranhas (AL), quando um grupo de bandidos fortemente armado e vestindo roupas camufladas explodiu uma agência bancária e fugiu deixando grampos de metal para furar os pneus das viaturas que os perseguissem pela estrada. Já em outro ponto, também mostra como a polícia paraibana se espelhou recentemente nas antigas “volantes” para formar grupos de militares voltados à perseguição de novos bandoleiros.

“Informando ricamente, esclarecendo, argumentando, criticando no bom sentido, divertindo com fatos curiosos, este livro de Moacir Assunção (…) é uma obra indispensável para todos que queiram ver com nitidez um dos aspectos mais fascinantes da estruturação da sociedade brasileira: o banditismo nas caatingas do Nordeste”, comenta o escritor e jornalista Fernando Jorge, ao apresentar o livro.

Sobre Moacir Assunção

Mestre em História Social pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), pós-graduado em Ciências Sociais pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Feesp), graduado em Jornalismo pela Universidade Braz Cubas e em História pela Fundação Claretiano. É professor do curso de Jornalismo na Universidade São Judas Tadeu.

Como jornalista, acumula passagens pelos jornais O Estado de S. Paulo, Diário Popular e Jornal de Brasília, além das revistas Isto é, Aventuras na História e História Viva. É autor ou coautor de 13 livros, entre eles “Os Homens que Mataram o Facínora” e “São Paulo Deve Ser Destruída – A História do Bombardeio à capital na Revolta de 1924”, finalistas do Prêmio Jabuti.

Ficha Técnica

Os Homens Que Mataram o Facínora – 2ª edição | Realejo Editora

  • Autor: Moacir Assunção
  • Editor: José Luiz Tahan
  • Design Gráfico: Marcelo Pestana e Carlos Cirne
  • Revisão: Paulo Rogério
  • Páginas: 334
  • Preço: R$ 79,90 | Pré-venda em: www.oseulivreiro.com.br
  • ISBN 978-65-994854-7-3.

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