Áudio de funcionário de empresa de Arujá foi essencial para a confirmação da irregularidade
A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou quatro pessoas vinculadas à empresa Tecno Clean, de Contagem, pela morte de mais de 50 cachorros, em todo o Brasil, por conta de contaminação de petiscos caninos. A A&D Química, de Arujá, foi investigada, mas não teve ninguém indiciado.
Os cachorros morreram por causa da utilização de propilenoglicol, substância utilizada para o resfriamento de motores, que foi injetada indevidamente nos petiscos.
A delegada Danúbia Soares, responsável pelo inquérito, confirmou um áudio de um funcionário da A&D Química que informava à Tecno Clean que o propilenoglicol deveria ser utilizado apenas no ramo industrial. Ainda assim, houve alteração no certificado da matéria-prima utilizada na produção de alimentos para agradar a TecnoClean, empresa que revendeu para Bassar, Petitos, Bella Donna Produtos Naturais, FVO – Brasília Indústria, Peppy Pet e Upper Dog.
“Dessa forma, independente de ser uma prática comum entre as empresas (a troca de rótulos) a Polícia Civil entendeu que a Tecno Clean assumiu o risco do resultado, quando possivelmente trocou os rótulos”, afirmou Danúbia, em coletiva de imprensa.
Os funcionários da Tecno Clean foram indiciados por falsificação e podem pegar até 15 anos de prisão.