Cidades do Alto Tietê estimam ter mais de 300 mil crianças de 5 a 11 anos que precisam ser vacinadas
Prefeitos e representantes das Câmaras Técnicas de Saúde e Educação do Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê) se reuniram na manhã desta sexta-feira (7) para discutir estratégias para a imunização de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19. De acordo com dados levantados pelo órgão, 313 mil crianças devem receber a imunização na região.
No entanto, apesar dos anúncios realizados pelo Governo do Estado e pelo Ministério da Saúde durante a semana, as prefeituras ainda seguem sem informações precisas sobre como se dará a imunização do público.
“O que percebemos é que temos uma insuficiência de informações e há um descompasso entre os anúncios das esferas federal e estadual. Os municípios, que vão atuar na ponta na campanha de vacinação, dependem de informações como quantitativo de doses a ser recebido e normativas técnicas para a condução da campanha, entre outros pontos relevantes para a definição das melhores estratégias”, disse o presidente do Condemat, Guti (PSD).
A prioridade para os prefeitos está no retorno oficial tanto da Secretaria de Estado de Saúde, quanto do Ministério da Saúde, para questões fundamentais para o êxito da campanha, como o aporte de recursos para suprir a demanda dos municípios e o quantitativo de vacinas que será destinado a cada cidade.
Com relação a proposta do Governo de Estado de utilização das escolas estaduais para a imunização, a maioria dos prefeitos e técnicos avalia que o ideal é de que as unidades sejam utilizadas como polos de imunização, assim como outros prédios públicos.
A definição de grupos prioritários por faixa etária e a ausência de um documento técnico oficial foram outros pontos abordados durante a reunião. De acordo com o Governo do Estado, a prioridade será para crianças com deficiência permanente ou comorbidades, além de crianças que vivam na mesma casa que pessoas com alto risco de evolução grave da covid-19. O Ministério da Saúde colocou, ainda, a divisão por faixa etária, sendo de 10 a 11 anos, de 8 a 9 anos, de 6 a 7 anos e de 5 anos.
“Muito pouco foi falado sobre os grupos prioritários, ainda assim há uma subjetividade e um conflito de informações, bem como não existe um documento técnico oficial para nortear os municípios”, pontuou a coordenadora da Câmara Técnica de Saúde, Adriana Martins.