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Uso indiscriminado de descongestionante nasal é ameaça à saúde das crianças

descongestionante nasal
Foto: Freepik

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Remédio provoca o efeito rebote e pode causar problemas cardíacos, glaucoma e até intoxicação em crianças quando aplicadas superdosagens

Nariz entupido e coriza são a combinação perfeita para fazer uso de descongestionante nasal. Mas essa prática não é segura, segundo a Aborl-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial). Além de mascarar uma possível doença e atrasar o diagnóstico correto, o uso indiscriminado pode causar sérios danos à saúde, como problemas cardíacos, alterações no sistema nervoso central e internações por intoxicação.

Em crianças, o cuidado deve ser redobrado. De acordo com o presidente da Aborl-CCF, Renato Roithmann, o uso em excesso e a automedicação colocam a saúde em perigo.

“Intoxicação é um dos riscos do uso de descongestionante nasal na dose incorreta e a causa de muitos atendimentos de emergência e internações”, revela.

O especialista explica que existem dois tipos de descongestionante: o de uso tópico, em gotas ou sprays para aplicação dentro do nariz, e o de ingestão oral. Em forma de xarope ou comprimido, esse último só é liberado para crianças a partir dos 4 anos e, dependendo das formulações, a prescrição ocorre aos 6 ou só a partir dos 12 anos.

Para grávidas e mulheres em fase de amamentação, a ingestão do medicamento oral é proibida. Já a versão tópica deve ser usada com muita cautela e com receita médica.

A automedicação, seja com gotas nasais, sprays ou mesmo comprimidos, deve ser evitada, alerta Roithmann.

“A utilização de descongestionante nasal precisa passar por indicação médica, pois o seu uso contínuo pode levar ao efeito rebote, piorar a congestão e prejudicar a mucosa nasal, a parte interna do nariz”, diz.

A prática também é perigosa, pois favorece o vício, fazendo com que o paciente sempre recorra ao produto para desobstruir e facilitar a passagem do ar pelo nariz.

“A absorção dessas substâncias pelo organismo, durante um longo período de uso, pode aumentar o surgimento de problemas cardiovasculares, como arritmias, hipertensão arterial, e até glaucoma. Também afetam o sistema nervoso central, aumentando o risco de AVC (acidente vascular cerebral), insônia e ansiedade,” alerta Roithmann.

De acordo com o otorrinolaringologista, a congestão nasal é um mecanismo de defesa das vias aéreas, de anticorpos e células imunológicas, para combater os germes invasores, enquanto a coriza lava e umidifica a cavidade nasal.

Como o nariz entupido frequentemente vem acompanhado por coriza, muitas vezes as pessoas consideram que a causa é justamente o excesso de muco produzido na cavidade nasal. Mas não é. O nariz congestionado é um sintoma que, geralmente, está associado a rinite ou sinusite, por isso é importante descobrir a origem do problema.

“O uso de qualquer medicamento sem prescrição médica pode atrasar o diagnóstico efetivo e consequentemente a solução para o problema. Por isso, o otorrinolaringologista deve ser consultado para avaliar e indicar o tratamento correto, seguro e individualizado”, orienta o presidente da associação.

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