Doença degenerativa causa perda dos movimentos de corpo todo
A fraqueza muscular no pé direito da guarulhense Miliana Pacheco Bicalho era o sinal de que alguma coisa estava errada. Após diversos exames e internação, no final de 2020 veio do diagnóstico: Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença progressiva que culmina na falência do neurônio motor, levando a perda progressiva de força muscular e, consequentemente, dos movimentos do corpo todo.
Do diagnóstico para cá, Miliana e sua família veio assistindo a progressão da doença. Hoje, ela já não anda mais, fica o dia inteiro deitada e, no máximo, faz uso de cadeira de rodas para se locomover, sempre com o auxílio de outra pessoa, além de ter o suporte 24 horas de uma enfermeira fornecida pelo serviço de home care.
Quem vê o estado da guarulhense nem imagina que ela já foi atleta de ginástica olímpica pela cidade de Guarulhos, dançarina e professora de dança ou que ainda deu aulas de inglês sempre animada para alunos do ensino fundamental e médio de um colégio particular.
Lúcida e com um sorriso no rosto, ela encara os desafios impostos pela ELA com garra, sobretudo os cuidados dos filhos João Pedro, 13, e Guilherme, 10. “Mesmo deitada, estou sempre a disposição deles, especialmente na hora que eles precisam estudar”, disse.
Sem trabalho, hoje Miliana paga as contas graça – ao auxílio doença que recebe – ainda não foi aposentada por invalidez, além da ajuda de familiares e amigos. “Sou divorciada e sem os meus familiares e amigos, as coisas poderiam ser piores. Tenho passado apertos, mas Deus tem me sustentado”, contou.
Foi pensando nas dificuldades e necessidades de Miliana que seus familiares criaram uma “Vakinha Virtual”, com objetivo de comprar aparelhos que supram a sua necessidade como cadeira de banho com inclinação e guincho transferidor de pessoas, mas, sobretudo, diminuir de forma substancial suas dívidas, especialmente o financiamento de seu apartamento.
“Ela conseguiria quitar a sua parte do apartamento, caso se aposentasse, mas por uma série de circunstância, 51% do financiamento de seu ex-companheiro. Na partilha de seu divórcio, o Juiz sentenciou que ao término das prestações o apartamento iria para seu nome, mas, infelizmente, no momento, não temos outra saída”, disse o irmão de Miliana e idealizador da vaquinha, Sávio Junior.
Para quem quiser ajudar na campanha basta acessar o endereço eletrônico: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/vamos-ajudar-a-miliana .
