Após 40 anos, ACE Arujá tem menos de 10 sócios pagantes.
Uma assembleia no final deste mês vai sacramentar o encerramento das atividades da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Arujá. A entidade, que chegou a ter 2,5 mil filiados há quatro anos, está com menos de dez pagantes e não terá como continuar sua atuação, a menos que apareçam – o que não aconteceu ainda – arujaenses interessados em reerguer a instituição.
Presente há mais de 40 anos na cidade, a ACE Arujá chegou a organizar eventos de Natal, com sorteio de automóveis. Presidente da entidade desde 2012, João Romão reclama da falta de apoio da Federação das Associações Comerciais (Facesp) e da Prefeitura de Arujá. “Tem que ter um incentivo do poder público. Em Arujá eu nunca tive”, afirma.
Em forte crise financeira, a ACE Arujá ficou sem sede. O site está completamente desatualizado. Por enquanto, a entidade ainda atende na Câmara de Dirigentes Lojistas de Arujá (CDL), um “concorrente” da ACE, na rua Ademar de Barros, 95. Telefone: (11) 4622-1166.
Romão diz que vai abandonar a ACE e, se algum grupo quiser, poderá formar uma nova diretoria. Caso contrário, a associação será extinta na cidade. Ele tem uma preferência que os empresários locais se transfiram para a CDL, que ganha força no município. “Se migrar todo mundo vai ser um favor”, admite. Apesar disso, ele não seguirá para outra entidade.
A crise na ACE Arujá começou quando a Unimed deixou a parceria com a associação. O convênio médico era o principal atrativo para a manutenção dos sócios.
Novas possibilidades
Segundo o vice-presidente da Região do Alto Tietê da Facesp, William Paneque, a ACE Arujá não vai acabar. Ele disse que ainda existem empresários na cidade e que a entidade busca “uma nova modelagem” para que a entidade volte a ser forte. “Tem que ver os anseios da cidade. A direção tem alguma dificuldade”, afirmou. Ele não explicou quando um novo grupo poderá assumir a associação.