Gerente afirma que, sem reajuste e subsídio, sistema fica inviável.
O transporte público de Arujá não conta com subsídio da Prefeitura. É o que afirma o gerente da Viação Arujá, Ricardo Santana, em entrevista exclusiva ao Arujá Repórter. Ele justificou que o pedido de reajuste da tarifa de ônibus de R$ 4,50 para R$ 5,32 ocorre justamente porque o sistema é pago apenas pelos passageiros, sem repasses da gestão municipal.
Em outras cidades da região metropolitana, como São Paulo e Guarulhos, as tarifas de ônibus são mais baixas justamente porque as prefeituras injetam recursos para reduzir os preços das passagens. “Da forma como está, sem o reajuste, fica inviável”.
Santana explicou que houve uma redução de 10,4% do número de passageiros em um ano. Além disso, há aumentos pela inflação do período, data-base dos 157 funcionários e gastos com insumos e manutenção. Dos 9 mil passageiros transportados diariamente, apenas a metade paga a tarifa completa. O restante são gratuidades ou escolares. “Tem também o transporte clandestino que ataca o sistema de forma predatória”, disse.
Segundo Santana, o sistema de transporte público precisa de melhorias, mas se faz necessário maior investimento. “A linha que sai do São Domingos, por exemplo, são 36 quilômetros de ida e volta, mas não tem tanta demanda. Muitas vezes saímos 5 da madrugada mesmo com o ônibus vazio”, diz.
A assessoria do prefeito José Luiz Monteiro informou que a expectativa é de uma definição sobre o tema até esta sexta-feira.