Moradores do CDHU do Jardim Leika protestaram na Câmara.
A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) nega que tenha feito cobranças abusivas ao moradores dos condomínios do Jardim Leika, em Arujá. A empresa estatal afirma que quem ganha até três salários mínimos paga apenas 15% dos rendimentos. O assunto foi destaque na sessão da Câmara Municipal na quarta-feira, 5.
Cerca de 30 moradores do Jardim Leika foram com cartazes, no Legislativo municipal, reclamar de cobranças abusivas das mensalidades. Em alguns casos, as cobranças chegaram a mais do que dobrar de valor em apenas três anos. O secretário de Habitação de Arujá, José Orlando da Silva, fez reunião com os moradores na Câmara e prometeu intermediar um encontro entre o grupo e a direção do CDHU.
De acordo com a companhia estatal, as prestações pagas pelos mutuários em seus empreendimentos são calculadas com base em sua renda familiar mensal. O imóvel é financiado em 300 meses e seu custo final para a família é subsidiado pela Secretaria de Estado da Habitação.
O CDHU afirma que em um dos condomínios do Jardim Leika, com 34 apartamentos, a maioria dos mutuários pagam prestações entre R$ 176,55 e R$ 428,96. Apenas três imóveis têm a prestação acima de R$ 428,96. Um desses imóveis, o morador apresentou renda de 4,33 salários mínimos e a prestação hoje é de R$ 910, valor este que inclui uma parcela de acordo de renegociação de dívida de mensalidades atrasadas.
Segundo o Governo do Estado, as prestações são corrigidas anualmente, sempre nos aniversários de celebração do contrato, pelo índice IPC/FIPE. Os mutuários podem solicitar a revisão do valor através do Alô CDHU (0800-000-2348) ou postos de atendimento da Companhia, cujos endereços e telefones estão disponíveis neste link.